Descubra qual é o Verdadeiro Sangue de um Dinossauro

Descubra qual é o Verdadeiro Sangue de um Dinossauro

Trocando em miúdos, os animais mais famosos da pré-história teriam sido capazes de gerar activamente o seu próprio calor interno, tal como os animais de sangue quente de hoje; mas, ao contrário deles, não adoptariam uma temperatura corporal relativamente constante, como os célebres 36,5 graus Celsius que caracterizam os seres humanos.

O resultado vem de uma monumental análise coordenada por John Grady, da Universidade do Novo México, nos EUA, e publicada na edição desta semana na revista especializada Science. Grady e os seus colegas estudaram fósseis de 21 espécies de dinossauros, comparando-as com mais de 350 espécies de animais modernos e extintos.

Para a análise, os paleontólogos examinaram o interior dos ossos fossilizados. Conforme os animais extintos cresciam, as células ósseas iam sendo depositadas num padrão ritmado, provavelmente anual, formando as chamadas linhas de crescimento. A comparação desses padrões com os que se vê em criaturas modernas dá pistas sobre a velocidade de crescimento de cada espécie.

Estudos anteriores já tinham deixado claro que o metabolismo dos dinossauros era relativamente alto, bem diferente do de lagartos ou jacarés, que precisam de ser aquecer ao sol para iniciar as suas actividades diárias.

Quente ou Frio

Mas a comparação extensa e detalhada do novo estudo sugere que esse padrão seria, na verdade, algo intermediário, entre o de animais endotermos (de sangue quente) e ectotermos (de sangue frio). Os dinossauros, portanto, seriam mesotermos.